segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Aloha ano novo!

Lamento informar brothers, mas só voltarei a escrever no ano que vem, ahahaha...



Agora falando sério, quero desejar a todos vocês, brothers leitores, seja aquele que acompanha semanalmente, só de vez em quando, todos os dias e até mesmo pra aquela galera que ainda nem conhece o Coluna Swell, um FELIZ 2008.

Que seja um ano irado, repleto de paz, amor, sucesso, felicidades e ALTAS ONDAS, mais ou menos constantemente assim...

...ou assim como a preferência de outros.

Mas que todos nós possamos sentir este momento, essa magia única e exclusiva que temos a honra de vivenciar.





Po, e tomara que os caldos sejam poucos...


...e a evolução seja constante para que suas metas sejam atingidas.


Compre a prancha dos seus sonhos...

E realize todos os outros também, por mais malucos que eles sejam.

Enfim meus brothers, que esse ano seja iluminado...

...e o mais perfeito possível!!!
E que o Brother Lá de Cima nos abençoe a cada dia mais e mais!
MUITA LUZ E MUITA PAZ À TODOS VOCÊS!!!
"Adeus ano velho, aloha ano novo, que tudo se realize, no ano que vai nascer, altas ondas todos os dias, saúde pra dar e vender."
Aloha e altas ondas 2008!!!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

3 em 1: Retrô, Natal e 2008

Fabinho Gouveia de Papai Noel radical

Galera, o ano de 2007 "foi pro saco", talvez do Papai Noel, mas não sei não, acho que o Papai Noel só traz presentes irados pra galera e não guarda o ano que tá indo embora. rsrs. Mas foi um ano irado pro surf, quer ver?

Primeiro título do Mick Fanning, mais do que merecido, pois o cara fez por merecer, sua concentração (pude constatar pessoalmente) foi incrível, nunca vi na minha vida um atleta tão focado na busca de um objetivo, mereceu! Além de ter quebrando um jejum de 8 anos para a Austrália. E o melhor de tudo, foi conquistado em águas tupiniquins, num show a parte da Praia da Vila de Imbituba, protagonizando as MELHORES ONDAS da temporada 2007 do WCT, quando muitos duvidaram...


Foi um ano especial também para meu conterrâneo Rodrigo "Pedra" Dornelles, pois fazendo tudo certo, ele chegou em 18º no WCT e 3º no WQS, uma grande conquista para um grande surfista, que é mais do que merecedor deste ano que passou, pois manteve seu desempenho regularmente, sem altos e baixos, buscando bons resultados em todos os tipos de ondas, surfou com estilo e está radicalizando cada vez mais seu surf, além de ter a linha mais bela entre os brasileiros do tour.



O 3º lugar da Silvana Lima no WCT feminino, surfando muito e mais que muito maluco por aí (inclusive eu, é óbvio), mas com atitude, lutando, destemida, mesmo frente a "parcialidade" de muitos julgamentos, pois em várias ocasiões pude assistir as etapas ao vivo pela internet e o julgamento da Silvana foi duvidoso em várias ocasiões.



O bicampeonato da Jacqueline Silva no WQS, que trouxe a catarinense de volta a elite, lugar de onde jamais deveria ter saído!









Aliás, o surf feminino nos deixou grandes presentes neste ano que está acabando, vejam a evolução e a superação das nossas gurias, pois as duas citadas e a Maya Gabeira são exemplo pra muito marmanjo, no surf, vejam essa bomba que a Maya dropou em Teahupoo.


E é claro que não poderia faltar a grande conquista do nosso brother Phil Rajzman! Primeiro brasileiro adulto a vencer um título da ASP, tornando-se Campeão Mundial de Longoboard em 2007.






Além de muitos outros acontecimentos irados, como por exemplo: Teremos um Eddie Aikau brazuca, com o convite para o Carlos Burle surfar o campeonato, sendo a primeira vez de um brasileiro é titular. Ou a quebra do recorde mundial de surfistas na mesma onda, colocando o surf brazuca no Guinness Book mais uma vez.

Mas o surf não é realizado num mar de rosas, então é claro que tivemos alguns fatos que poderíamos ou ao menos gostaríamos de esquecer, pois não somaram em nada de bom para o surf ou pra galera. Atitudes ignorantes como a do Sunny Garcia com o Neco são lamentávei e ainda bem que o Neco Padaratz provou que a inteligência é uma virtude! E o fato do Phil Rajzman, que é o atual campeão do mundo de longboard, estar sem patrocínio? Será que nem sendo campeão o surf brasileiro vai se elevar a outro patamar? Putz, e o temporal que destruiu parte da estrutura do WCT em Imbituba também marcou o ano, foi sinistro. Mas ainda bem que Deus nos presentou com altas ondas depois, rsrs.

E pra mim, foi um ano irado também, pois além de ter encontrado com o meu maior ídolo de todos os tempos, Kelly Slater, e ter vivido o "conto" do Boné e o Mito, estou escrevendo no blog há 3 meses e tendo um feedback irado da galera, com elogios, apoio e críticas, o que é maravilhoso, pois tudo que me faz crescer é bem vindo! Há muito tempo atrás mandei um e-mail pro Adrian Kojin, da Fluir, querendo trabalhar na revista, rsrs, eu estava começando a faculdade e já gostava de escrever sobre surf, então queria escrever pra Fluir. O Adrian me retornou dizendo que deveria começar a escrever antes, para adquirir conhecimento e experiência e aquelas palavras nunca mais sairam da minha cabeça. Hoje, quase 10 anos depois, aqui estou, realizando um sonho, digamos assim, e escrevendo sobre uma das coisas que mais amo na vida, O SURF!

E podendo contar com parceiros IRADOS, este sonho terá um caminho alucinantes pela frente, pois não é qualquer um que conquista brothers que curtam seu trabalho e ainda incentivam e ajudam a divulgar, como a galera da UOT, o Giovanni Mancuso e seu blog alucinante, o Tracks, além do George e do Tora da Wavetoon (falar neles, comprem o livro, tá IRADO!). E é óbvio, toda galera que acessa o blog semanalmente para conferir as novidades, VALEU BROTHERS!!!

Desejo a todos um FELIZ NATAL e um ANO NOVO de realizações e repleto de paz, amor, saúde, sucesso e altas ondas, sempreeeeee...

Aloha e altas ondas em 2008, 9, 10, 20, 50, enfim, altas ondas PARA SEMPRE!!!

Ígor Maciel

Obs: Desculpem a falta de espaçamento entre os parágrafos, mas o blogger não está no espírito natalino, rsrs. Assim que o mau-humor dele passar, eu arrumo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A inteligência é uma virtude!

Pra que partir pra ignorância, quando se tem surf no pé?

Violência pode parecer assunto batido, mas ainda quero escrever muito a respeito para que a geração que está chegando com tudo no surf, tenha a mesma consciência que eu tive e sigam pelos mesmo caminhos que eu segui e me trouxeram ao fantástico mundo do surf, da sensação indefinível de estar EM PAZ num mar clássico, com os amigos, pouco crowd (de preferência sem, rsrs) e apenas desfrutar daquele momento especial e único!

Mas infelizmente o mundo e o surf não são esse mar de rosas, como, infelizmente, pudemos ver no ocorrido com o Neco Padaratz no Hawaii, na última semana, quando ele, dentro da sua prioridade de escolher a onda, vencendo a bateria, disputou uma onda com o havaiano Sunny Garcia e os dois acabaram caindo. O havaiano, que é praticante assíduo de localismo covarde no Hawaii, não poupou e tentou agredi-lo já dentro da água, produzindo cenas lamentáveis. Ao final da bateria, Neco vence e vê sua integridade física ameaçada, quando alguns brutamontes caminham na direção de onde ele sairia do mar. Neco então corre em direção ao palanque dos juízes, buscando proteção, pois ninguém é trouxa de apanhar covardemente de bandidos, em frente às câmeras, sendo que havia vencido a bateria, feito seu trabalho e avançado na competição.

Além de todas conquistas, o carinho do público é um dos melhores prêmios.


Naquele momento, Neco teve uma luz e com muita inteligência, fugiu do confronto físico, evitando cenas de selvageria gratuita em rede mundial (estava passando ao vivo pela internet), agindo com superioridade frente a um cara ignorante, pois mesmo sem razão, estava em fúria. Neco manteve a calma e fez o único papel cabível para o momento, se protegeu. No final das contas, Neco venceu a bateria, terminou a etapa em 9º lugar, garantiu sua vaga para o WCT 2008, levou uma grana, garantiu sua entrada tranqüila no Hawaii para surfar as melhores ondas do mundo, não se encrencando com um local e ainda garantiu sua integridade física, pois no Hawaii as brigas são covardes, 5x1 é o mínimo que se vê. Ele mesmo confessa que ficou dois dias chorando em casa, revoltado, desconfiado e tudo mais, mas no final das contas, só ganhou!

Infelizmente, nos dias de hoje, onde se clama tanto por paz e justiça, enfim, pelo BEM, ainda temos pessoas como o Sunny Garcia. Mas não é só no Hawaii, muitos aqui no Brasil praticam localismo covarde, incitam a violência, se julgam grande coisa ou mais que alguém, enfim. Também ouvi opiniões de que o Neco foi “cagão” por ter fugido. Cagão? Poxa, se garantia de integridade física, de acesso livre ao Hawaii, de vaga no WCT, de grana da premiação e tudo mais forem sinônimo de covardia, então sou uma baita cagalhão!

Nesta mesma entrevista, quando o entrevistador pede que Neco deixe um recado pra galera do Brasil, emocionado, ele pede PAZ! E conclui julgando o ocorrido como “um fato de evolução e aprendizado”. E quando pedido pra deixar um recado pro Sunny: “Muita evolução... ...Muita paz Sunny”, hahahaha.. Nada como um ser evoluído espiritualmente falando, tapa de luva na ignorância! Bela atitude. PARABÉNS NECO PADARATZ! Repito seu recado: Paz galera! Paz no mundo, paz no esporte, PAZ NO SURF!!! A violência não leva ninguém a lugar nenhum, ou melhor, pode te levar a uma cela, um hospital ou pior ainda, pro cemitério!

Que o surf seja pra sempre um esporte de paz, união com os amigos e a natureza, sempre um sentimento inexplicável e maravilhoso! Vamos deixar uma imagem de felicidade sobre as ondas para nossos filhos, nossos irmãos, pra toda essa molecada apaixonada por água salgada que está chegando, lutar desarmados por um mundo melhor! É fácil, siga o exemplo do Neco.

Aloha e altas ondas sempre! Na Paz!

Obs.: Veja a entrevista do Neco na íntegra.
http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM767336-7824-NECO+PADARATZ+FALA+SOBRE+CONFUSAO+QUE+TEVE+COM+SUNNY+GARCIA,00.html

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Fazendo tudo certo

O gaúcho Rodrigo “Pedra” Dornelles vem trilhando um caminho próspero há longos 15 anos de surf profissional. É verdade que não deixou grandes registros no cenário nacional, como o Léo Neves que foi bi-campeão brasileiro ou o Adriano Mineirinho que foi o mais novo campeão Junior da história da ASP. Mas isso não é problema para um surfista que aprendeu a surfar nas ondas ruins do Rio Grande do Sul e hoje tem uma bonita “linha australiana”, como ouvi de um influente profissional com mais de 20 anos de surf. Assim como esse profissional, a imprensa brasileira curvou-se ao estilo radical e poderoso do tímido Rodrigo Dornelles, como a chamada do globoesporte.com, “Rodrigo Dornelles brilha e avança em Sunset”, então estamos em meio a uma apresentação IRADA de um surfista tranqüilo, que encara o surf com seriedade e profissão e dá seu sangue pela causa.

Tudo bem que o Pedra não tem a perfeição do Slater, o go for it do Curren, ou aquela gana competitiva do Andy Irons. Mas estes caras são legítimos gênios do surf. Mas o Pedra tem um surf fluido, sem firulas desnecessárias (na minha opinião), com uma quantidade de água levantada a cada manobra que é absurda. Uma profundidade irada nos tubos, uma verticalidade e elasticidade insanas em suas manobras, seu surf está mais radical do que nunca, suas apresentações são de gala e constantes e os resultados, conseqüência desse foco. Isso tudo o transformou no principal nome competitivo do surf brasileiro, na temporada 2007, deixando muito gringo babando e de olho arregalado, pois além do cara ser o brasileiro mais bem colocado no WCT hoje (faltando apenas a última etapa em Pipeline, ocupa a 17ª posição ao lado do Léo Neves e na frente de muitos “nomes” gringos do surf mundial), Pedra finalizou o WQS na 3ª COLOCAÇÃO, atrás apenas de dois gênios da nova geração, Jordy Smith e Dane Reynolds, ou seja, pra um cara de 33 anos que voltou esse ano para o Tour e compete consecutivamente nas ondas ruins do WQS e nas perfeitas do WCT, sem descanso, sem frescuras, sem estrelismo fajuto, apenas com o surf radical, muita garra e amor ao que faz!

Certa vez, Pedra falou em entrevista que "As competições surgiram ao natural. Nunca pensei que fosse virar surfista profissional, era mais para brincar na praia”, até que a diversão está rendendo frutos maravilhosos. O Pedra é assim, um cara simples, tímido, do bem, vindo das péssimas ondas do sul do Brasil, Pai da linda Yasmim, que está se superando cada vez mais, sanando suas dificuldades, vencendo a timidez, aplicando garra e raça nas apresentações e trazendo os resultados, que são o mais importante na carreira de um surfista profissional, tal como de sua torcida e estes resultados nos dão esperança de outros melhores ainda a cada vez que ele está na água. Um brother de surf radical e poderoso, que ainda tem muito para escrever na história do surf brasileiro e principalmente mundial.

Ah, lembrei de uma coisa: No início do ano, quando o WCT começou, entrei no jogo virtual da revista americana Surfer, onde escolhemos um “time” entre os Top 45 a cada etapa e com eles pontuamos, concorrendo a prêmios e tal. Nas médias de escolhidos, o Slater sempre foi o mais escolhido (óbvio, americano e 8x campeão do mundo) e o Pedra, o menos. Isso me doeu tanto, mas TANTO, que desde a primeira etapa tenho o Pedra como principal surfista da minha equipe e apenas ele e o Kelly Slater não saíram do time e jamais me decepcionaram! E seu “valor” no jogo passou de míseros 2500 no início da temporada, para 9500 hoje!!! Pro game da Surfer, o Pedra vale mais que o Bruce Irons, por exemplo. Para mim, o Pedra vale MUITO MAIS que o Andy Irons!!!

Pedra, boa sorte irmão, que tudo de melhor te aconteça no surf, pois tu és merecedor! Boa sorte e muito sucesso SEMPRE!!! E saiba que é com muita honra que carrego o "Pedra" como apelido de alguns amigos, devido a semelhança dos cabelos ruivos, rsrs.

Pra quem curte o Pedra, seus feitos pelo surf brasileiro e principalmente o cara irado que ele é, criei seu “perfil” no Wikipedia e também uma comunidade o homenageando no Orkut. Entrem, confiram e participem.

Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodrigo_Dornelles

Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=42719423

Aloha e altas ondas!

WCT: O link do Billabong Pipemasters está ativado, porém Netuno esqueceu de soprar o swell pro North Shore por enquanto. Mas assim que as ondas entrarem, o maior espetáculo do surf mundial vai bombar e graças a tecnologia, poderemos assistir onda a onda ao vivo. Clique em http://www.billabongpro.com/pipeline07/index.asp e acompanhe.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Eddie Aikau brazuca

O salva-vidas Edward Ryan Makua Hanai Aikau jamais imaginou que o ato de coragem e quase heroísmo que tirou sua vida, quando entrou com sua remando Waimea adentro, na busca da canoa Hokule’a que havia virado e estava a deriva em alto mar debaixo de uma grande tempestade, marcaria a história das ilhas e do surf e o tornaria um ícone, um mito, uma legítima lenda Havaiana. Ele não entrou naquele mar de 17 de março de 1978 para virar lenda, mas sim para salvar vidas, para ajudar seus companheiros de tripulação que estavam perdidos. Após sumir no horizonte da baia de Waimea, Eddie Aikau nunca mais foi visto, mas seu nome entrou para a história.

Além de um honrado profissional do mar, salva-vidas corajoso e companheiro, Eddie também foi um grande surfista de ondas gigantes e essa perícia nas morras o tornaram esse mito, sendo homenageado em festas da família Aikau no Hawaii todos os anos e também pelo grande campeonato idealizado pela Quiksilver para homenagea-lo, o Quiksilver Big Wave Invitational in Memory of Eddie Aikau, que fora aberto no dia 29/11, com a homenagem a Eddie na baia de Waimea, onde os surfistas formam um grande circulo de mãos dadas e jogam flores ao mar em homenagem ao surfista. Infelizmente só descobri ontem que a abertura do evento foi transmitida pela primeira vez ao vivo pela internet.

A janela de espera vai do dia 01 de dezembro de 2007 até o dia 29 de fevereiro de 2008, pois para o “The Eddie” acontecer, as ondas precisam estar com no mínimo 20 pés, tanto que o evento não é realizado desde 2004 pela falta de ondas a altura (literalmente), assim como foram realizados apenas 7 campeonatos ao longo dos 23 anos de sua criação, tendo como campeões os seguintes surfistas:

1985 - Denton Miyamura (Hawaii)
1986 - Clyde Aikau (Hawaii) - irmão caçula de Eddie Aikau
1990 - Keone Downing (Hawaii)
1999 - Noah Johnson (Hawaii)
2000 - Ross Clarke-Jones (Austrália)
2002 - Kelly Slater (Florida, EUA)
2004 – Bruce Irons (Hawaii, EUA)

A grande novidade desse ano é a entrada de mais 4 surfistas (marcados com ** na lista oficial), cada um representando seu continente, tendo agora 28 surfistas honrosamente convidados a participar do evento, e o nosso big rider Carlos Burle é o atleta que representará a América do Sul e principalmente o Brasil. Burle foi Campeão Mundial do XXL em 2002 (o XXL premia a maior onda da temporada), surfando uma morra com nada menos que 68 pés (22 metros de altura), que é considerada até hoje a maior onda já registrada de todos os tempos e, se não me engano ele já havia sido convidado a participar do evento, acho que apenas como suplente, em 2005 e recusou o convite para participar do mundial de tow-in, o que gerou um certo desconforto entre a organização e a família Aikau, com o atleta. Mas dessa vez ele está lá e nossas chances são mais do que reais, pois se as ondas entrarem, com certeza Carlos Burle vai estar lá, marcando firme e dropando “os ondão”, então podemos esperar um bom resultado!!!

Confiram a lista completa dos atletas convidados e seus suplentes:

1. Andy Irons (Hawaii) - Darrick Doerner (Hawaii)
2. Brian Keaulana (Hawaii) - Chava Greenlee (Hawaii)
3. Brock Little (Hawaii) - Kalani Chapman (Hawaii)
4. Bruce Irons (Hawaii) - Pancho Sullivan (Hawaii)
5. Carlos Burle (Brasil)** - Taylor Knox (Califórnia)
6. Clyde Aikau (Hawaii) - Reef McIntosh (Hawaii)
7. Darryl Virostko (Califórnia) - Tony Moniz (Hawaii)
8. Greg Long (Califórnia) - Garrett McNamara (Hawaii)
9. Ibon Amatriain (Espanha)** - Ross Williams (Hawaii)
10. Jamie O’Brien (Hawaii) - Dave Wassel (Hawaii)
11. Jamie Sterling (Hawaii) - Ian Walsh (Hawaii)
12. Keone Downing (Hawaii) - Braden Dias (Hawaii)
13. Jason Ribbink (África do Sul)** - Myles Padaca (Havaí)
14. Kelly Slater (Flórida) - Anthony Tashnick (Califórnia)
15. Makua Rothman (Hawaii) - Kala Alexander (Hawaii)
16. Mark Healey (Hawaii) - Keoni Watson (Hawaii)
17. Michael Ho (Hawaii) - Derek Ho (Hawaii)
18. Noah Johnson (Hawaii) - Tom Curren (Califórnia)
19. Paul Paterson (Austrália) - Nathan Fletcher (Califórnia)
20. Peter Mel (Califórnia) - Danny Fuller (Hawaii)
21. Ross Clarke-Jones (Austrália) - Dustin Barca (Hawaii)
22. Rusty Keaulana (Hawaii) - Koby Abberton (Austrália)
23. Shane Dorian (Hawaii) - Laurie Towner (Austrália)
24. Sunny Garcia (Hawaii) - Manoa Drollet (Taiti)
25. Takayuki Wakita (Japão)**
26. Titus Kinimaka (Hawaii)
27. Tom Carroll (Austrália)
28. Tony Ray (Austrália)


Em memória:
Mark Foo (Hawaii)
Todd Chesser (Hawaii)
Tiger Espere (Hawaii)
Jay Moriarity (Califórnia)

Não deixe de conferir a cobertura completa do evento no site oficial, www.quiksilver.com/frames/bigwave0708, e vamos torcer juntos para que o nosso Carlos Burle encontre a maior e traga esse título irado e importantíssimo para o braza!

Boa sorte Carlos Burle!!!

Aloha e altas ondas sempre!!!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Nem sendo campeão???

Inacreditável!!! Ridículo!!! Absurdo!!! Bizarro!!! Tosco!!! Fique a vontade e escolha a palavra mais adequada para a situação lamentável que mais uma vez o surf brasileiro enfrenta... Como sempre, devido a falta de incentivos, a falta de capacidade de gestão de alguns empresários e figurões do nosso o surf. Mas encontre uma palavra não amistosa e nomeie essa situação!!!

Qual situação seu maluco???

Ah é mesmo, estou revoltado e esqueci de noticiar o acontecido. É que na semana passada assisti uma entrevista do CAMPEÃO MUNDIAL DE LONGBOARD, o brasileiro Phil Rajzman (na foto, comemorando o título mundial na França) e definitivamente não acreditei que o cara pudesse estar sem patrocínio. Simples assim, o melhor longboarder do mundo está sozinho!

Que isso??? Bem que poderia ser piada, mas infelizmente não é! Isso é o surf no Brasil!!!

Uma vez li um texto irado do Fred d’Orey, onde ele comparava o Brasil à Austrália. Sim, uma comparação asquerosa a primeira vista, mas vindo do Fred, virou uma situação tão real que me fez viajar em suas palavras e realmente me fazer sentir um Marquinho Fanho, que era o título do texto, com uma baita vontade de ter nascido aussie, americano ou havaiano. Quer um exemplo: O Larry Bertlemann está com mais de 50 anos, já não pode mais surfar e foi até preso no Hawaii, mas a OP o patrocina até hoje, por seus feitos pelo esporte no passado. Então imagina o Phil, que está no seu auge, é o atual campeão do mundo e tudo mais... Ah se tu fosse havaiano Phil!!!

Nossa, já sofremos tanto com problemas políticos, sociais, de violência, diferenças, etc., que a única coisa que me fez sentir orgulho de ser brasileiro nos últimos tempos, foram às ondas da Vila no WCT, a vitória do Phil no mundial de longboard, o Bi da Jacque no WQS, a posição da Silvana no WCT e a superação da Maya em Teahupoo e SÓ! Ou seja, fatos que me permitem dizer que sou brazuca e agora, por causa do descaso de figurões, posso perder um dos poucos orgulhos, como assim???

Na real não queria ter escrito sobre isso. Nada a respeito! Não adiantará de nada, infelizmente. Mas AMO o surf e acho que merecemos uma chance. Já não temos ondas perfeitas e tal, mas essa falta de apoio ao esporte tem solução sim, basta querer!!! Queria eu ter poder, condições ou influência para fazer alguma coisa, pois estamos perdendo um dos poucos caras do surf que nos faz feliz por causa dessa ignorância. Isso não é possível!!!

E para o Phil, que espero que leia minha coluna:
Cara, faz por ti, pensa em ti, no teu futuro, na tua vida e no teu surf! As vezes, quando não somos reconhecidos, temos sim que ser egoístas e pensar no que é nosso. Já nos deste provas mais do que suficientes de que és um competidor irado e representa a nossa pátria de quilhas, mesmo que esta não seja merecedora. Afinal, nos deste um TÍTULO MUNDIAL de surf, então mais do que nunca, és grande merecedor da nossa torcida mesmo que esteja surfando lá fora, pois se estás indo embora, não é por tua culpa. Faz o teu cara, tu merece ser reconhecido, recompensado e feliz!!! Estaremos torcendo sempre por ti!!!

Aloha e altas ondas! Mesmo que fora do Braza!!!

Obs: Phil Rajzman, OBRIGADO pelo comentário cara, além de um baita surfista e tudo mais descrito acima, tu és um grande brother. Ou seja, a admiração anterior aumentou ainda mais!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Crowd ou cifrão. E agora?

Quantas dúvidas, opções, caminhos, alternativas. Eu me contradigo muito, devido a soma de novos conhecimentos ou conceitos. Mas acho que isso é válido! Inúmeras vezes escrevi sobre surf e tive que voltar atrás por que caras que realmente conhecem e vivem o assunto internamente me deram uma letra e acatei prontamente. Claro que não sou hipócrita e muito menos otário para não assimilar o que os caras que respiram surf diariamente me dizem, pelo contrário, agradeço a eles por tal.

E mais uma vez, vou mudar o discurso na frente do juiz! Dessa vez o culpado é ninguém menos que o Fred d’Orey, abrindo os meus olhos e do mundo para um mal atual e já quase inevitável, o crowd. (Leiam na pág.76 da Fluir de novembro)

Quando noticiaram que o Jordy Smith estaria negociando patrocínio com a Nike, fiquei eufórico na mesma hora, “...nossa, imagina a visibilidade que isso vai dar ao surf... ...imagina as campanhas alucinantes que eles vão produzir... ...quanto dinheiro novo vai entrar... ...vai ao menos diminuir o preconceito com o esporte...” Essas foram algumas de minhas brilhantes indagações a respeito do assunto. Brilhantes o cacete, TOSCAS! Até discutimos um tanto na Comunidade Oficial da Revista Fluir, no Orkut, e lá eu defendi, erroneamente, a entrada da marca para dar mais visibilidade ao surf.

Sempre tive idéias referentes ao futuro do surf, boas e ruins, porém prósperas. Mas hoje, tenho duas visões que se complementam e se contradizem ao mesmo tempo:

Queria que o surf virasse um esporte milionário, que paga bem seus atletas, com grandes patrocinadores, assim como o tênis, golf, F1, etc., já são patrocinados hoje. Assim, vai cair essa máscara preconceituosa com os surfistas, frente aos olhos do povo. Mas quem ganha com isso são apenas os atletas profissionais e as grandes marcas, assim como o futebol e outros esportes. Lógico que é bom pros surfistas e pros marketeiros, afinal todos gostam de ter seu trabalho recompensado.
Mas e a galera comum do surf? E aqueles que só querem saber do surf quando estão numa trip irada com seus brothers numa onda perfeita, em paz e surfando altas? E eu? E tu?

Aqui entra minha segunda visão, pois com o aumento da visibilidade e dos investimentos no esporte, o surf e seus investidores vão ficar ainda mais ricos. Mas e nós, surfistas? Nós vamos ficar é ainda mais pobres, usando logotipos cada vez mais caros e viajando cada vez mais longe pra ter um simples momento de prazer (e paz) dentro do mar com os amigos, pois o crowd vai tomar uma dimensão ainda maior do que a de hoje, que já é bizarra em muitos picos. Os próprios surfistas profissionais sofrem e sofrerão cada vez mais com isso, não adianta. Profissional, amador, grommet, comum, de fim de semana, não interessa, neguinho que curte deslizar sobre as ondas vai sofrer cada vez mais e no final das contas, só quem vai ganhar com essa massificação do esporte, são as indústrias do surf mesmo, ou pior, as de fora do mundo surf que nunca incentivaram coisa nenhuma ou fizeram algo útil pro esporte e ainda vão sugar nossa grana apenas...

Não adianta, sou publicitário, trabalho com marketing, os cifrões resultantes das ações e campanhas me encantam, é natural. Por isso me contradigo tanto. Mas desse ponto a diante preciso pesar o que vale mais na minha vida, os cifrões que os outros ganham e só acho bonito, sendo que não trabalho em nenhuma marca de surf e não ganho absolutamente nada com isso. Ou o prazer de surfar ondas iradas com meus amigos, sem precisar gritaria no outside provindos da disputa de ondas?

E aí Ígor, o que tu prefere? E tu que estás lendo agora, seja consumidor, apreciador, seguidor e todos mais que de alguma maneira vivem o universo surf, o que preferes?

Eu prefiro o surf, simples e prazeroso! E digo mais, se bobear, daqui a pouco começo a usar meu know-how marketeiro contra o surf pra tentar virar a situação (risos).

Aloha e altas ondas. De preferência sem crowd, por favor!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Fazer por merecer

A vitória do australiano Mick Fanning me instigou a pensar muito na maneira de encarar e vida e as controvérsias que lidamos diariamente. A força que cada indivíduo carrega consigo tem uma força descomunal e se lutarmos, atingimos todos nossos objetivos de vida! Mas precisamos lutar muito, todos os dias, na busca da quase perfeição, quando se quer alguma coisa, seja pessoal, profissional ou o que for, e no surf, o a satisfação pessoal de atingir o ápice de seu condicionamento e performance se entrelaça ao prazer e satisfação do dever profissional mais do que cumprido. Temos muitos exemplos, mas apenas dois me vem a cabeça enquanto escrevo estas palavras. Robert Kelly Slater e Michael Eugene Fanning. Ou simplesmente o Kelly Slater e o Mick Fanning para os “íntimos”, rsrsrs...

Kelly Slater foi 6x campeão do mundo e após a morte de seu pai, decidiu parar. Ao parar, deixou o caminho aberto para o havaiano Andy Irons ser tricampeão mundial de surf e aquilo o instigou e Slater voltou. Não mais velho, mas mais experiente, com mais gana de vitória e assim foi que retornou ao WCT, no primeiro ano chegou discretamente, já em 2005 venceu seu então arqui-rival Andy Irons por antecipação, num campeonato épico nas águas da Praia da Vila, em Imbituba. Depois disso, Slater resolveu simplesmente surfar, estar tranqüilo e feliz na onda, curtir o momento e então em 2006 arrematou seu 8º título mundial ainda em Mundaka, na Espanha, com 3º eventos de antecipação! Ele é simplesmente o melhor surfista da história.

Mick Fanning (foto) não é tantas vezes campeão, nem marcou a história do surf (ainda) como Slater, mas o exemplo de determinação deste australiano branco (não a toa apelidado de White Lightning) deve ser evidenciado também. O atual campeão mundial de surf teve rompeu um tendão da coxa, em 2004, e passou por cirurgia para repará-lo. Se recuperou e seis meses depois, 2005, venceu a etapa do WCT em Snapper Rocks, na Gold Coast, quintal de casa. Em 2006 ele venceu de forma esmagadora a etapa brasileira, em Imbituba, dando uma palhinha do que viria no próximo ano e foi o que realmente vimos, um cara até predestinado, mas muito mais determinado, focado, com um preparo psicológico e físico beirando a perfeição, venceu o que pode, subiu ao pódio em 8 das 9 etapas (até então) e novamente em Imbituba, Santa Catarina, deixou sua Mãe e sua namorada (com quem vai se casar em maio de 2008) na Austrália, sendo que sempre o acompanhavam, para se manter 100% concentrado e assim foi, levantou a torcida, deixou seu amigo de infância e Top 5 do WCT, Joel Parkinson, em combinação de mais de 18 pontos na semifinal e pelo segundo ano consecutivo, avançou para a final da etapa brasileira do Tour. Parece muito né? E se eu disser que nessa passada para a final o cara sagrou-se CAMPEÃO MUNDIAL DE SURF!

Enfim galera, este texto pode ser encarado como conteúdo de auto-ajuda... Ou conteúdo de lição de vida... Ou alguns passinhos básicos para se tornar um campeão em alguma coisa... Mas o mais importante é que, não importa o quanto você vai precisar sofrer para atingir tal objetivo. Não importa quantos obstáculos terá que enfrentar no decorrer do caminho. O que realmente importa é que se tenha foco e faça as coisas da maneira mais confortável possível e que essas coisas te tragam satisfação e prazer, na incessante busca pelo objetivo. Que estes obstáculos virem experiências e sirvam de lição para passá-las mais facilmente no futuro.

A receita é simples: Tenha um objetivo... Corra atrás dele... Percorra o caminho a atingi-lo feliz e sempre aprendendo... Conquiste o que almeja, mas faça por merecer!!!

Aloha e altas ondas!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O Boné e o Mito

WCT Brasil 2007, Imbituba, Santa Catarina, dia 05 de novembro, não sei que horas da tarde, mas um campeonato rolando épico nas altas ondas da Vila de Imbituba, a companhia irada da minha namorada, minha mana e mano, os primões de Floripa e do Rosa e é claro, os top 45 destruindo dentro da água. Eis que os alto falantes anunciam, “próxima bateria, Kelly Slater e Renato Galvão”. Pronto, lá vinha o maior surfista que os olhos das milhares de pessoas que prestigiavam o evento, já haviam visto, inclusive os meus e pra mim ainda mais, pois se tratava do meu maior ídolo. Slater foi lá, detonou, usou e abusou das ondas iradas da Vila, a galera delirando e gritando a cada manobra e pronto, deixou o brazuca em combination. Essa é a hora, vou fotografar meu ídolo, quem sabe falar com ele. Mas, como já era de se esperar, centenas de pessoas tiveram a mesma ilusão que eu naquele momento e também correram ao encontro do cara. Então uns 10 seguranças o cercaram, fazendo um cordão de isolamento humano e o Kelly Slater passou reto na frente dos nossos olhos, mas longe do nosso alcance, apenas com leves movimentos de cabeça para os lados, com uma expressão um tanto “apavorada”.

Pensei, “pqp, que gringo otário, marrento demais, esnobando seus fãs” e como me inclui nos fãs citados, fiquei MUITO decepcionado, mesmo que tivesse o mínimo de esperança, sabia que era quase impossível, pois o cara é pop star e age como tal. Pronto, meu ídolo virou só mais um simples americano egoísta e egocêntrico como os outros tantos conterrâneos dele. Bom, deu... Vou sentar nas pedras novamente, curtir o resto do camp e ir embora, tá bom, já to amarradão.

Então soltei minhas coisas no “acampamento” e avisei minha namorada que ia buscar água quente pra fazer um chimarrão novo. Mas por precaução, ia levar a câmera junto, caso cruzasse com algum Pro, pra colocar a fotinho no blog e tal. Ao passar em frente ao palanque e ao corredor onde os caras entravam, vejo uma muvuca controlada, mas muita gente falando, fotos, câmeras e tal, putz, “que isso mermão?”. Baita curioso, fui olhar e quem era? Bah, era o próprio, o americano arrogante que eu havia acabado de rebaixar da condição de meu maior ídolo, estava ali, dando toda atenção possível pra galera, autógrafos, fotos e tal, ou seja, o cara saiu da água, se arrumou, pegou uma caneta para autografar e voltou pra galera. Pronto, meu ídolo acabara de reconquistar seu posto de number 1.


Daí por diante foi indescritível, quando ele se aproximou falei “Kelly, look at my shirt” (Kelly, olhe minha camiseta), pois estava usando a SL8R, e conclui: “I wanna see the 9 here” (Eu quero ver o 9 aqui), apontando pro 8 da camiseta. Mas o momento foi tão único, o cara falando um inglês rápido e eu nervoso com a situação, que não lembro quase nada que ele disse, só sei que precisava de um autógrafo dele e minha camiseta era preta, então tirei meu boné...


(reparem que ele está falando) ...da Quiksilver, lógico, e então ele assinou, respondendo a questão do 9 e o maior surfista de todos os tempos na historia do surf mundial, estava ali, trocando uma idéia comigo, assinando meu boné e rindo num papo descontraído, rápido, e inesquecível. Ah, é claro, depois de tudo isso, ele quase indo embora, chamei-o e tirei uma foto para guardar o momento para a eternidade.


Não sei se vocês já tiveram a oportunidade de estar frente a frente com seu ídolo maior, mas quem teve sabe do que estou falando. E como o Falcão e o Figueroa pros colorados ou o Pele pros Santistas, o Roberto Carlos pra música, sei lá eu mais quem. Mas meu maior ídolo estava ali, na minha frente e aqueles minutos que troquei essa idéia sobre o numero 9 na camiseta, o autografo de última hora no boné e a foto dele sorrindo, amarradão, são sem explicação, entrou pra minha historia...

Aloha e altas ondas.



Idéia e texto compartilhados com minha namorada Juliana, que vivenciou este momento único ao meu lado.

Muitos duvidaram...

...mas jamais duvidem do oceano, principalmente quando este empurrar um swell para a Praia da Vila, em Imbituba, Santa Catarina!!! Conheço gente que surfou picos irados mundo a fora e diz que os maiores sufocos aconteceram numa Vila invocada, lambendo as pedras de trás das ilhas com mais de 6 pés plus e depois de assistir a 9ª e decisiva etapa do circuito mundial, entendi o por que dessa colocação dos relatores sobre o poder da onda da Vila.

Sei que muito já se falou a respeito do WCT ir pro Rio por vender mais, ou em manda-lo pra Noronha, pela onda ser mais bonita. Mas pra que vender mais ou fotografar em ondas perfeitas, se a Vila quebra de verdade, tem onda poderosa, tem feeling, tem galera fiel e apaixonada? O grande lance é o SURF galera... Chega de politicagem, de bairrismo e disputas sem noção, chega de SÓ capitalizar o surf, deixem rolar o feeling dentro da água, a emoção, a adrenalina e tudo mais. Além do que, o apoio e empenho TOTAL da Prefeitura de Imbituba, do Governo do Estado de Santa Catarina, com investimentos estrondosos em infra-estrutura e patrocínios para bancar o evento os fazem merecedores, fora que ainda tem o POVO, as associações, etc... Quer mais? Agora, tem uma declaração pública do CAMPEÃO MUNDIAL DE SURF 2007, Mick Fanning, onde fala: “Sem Dúvida, rolaram as melhores ondas da temporada. O campeonato foi muito astral e tudo fluiu para mim aqui.”, Então brother, quem sou eu, quem é você ou quem é qualquer outra pessoa no mundo surf, nesse momento, pra dizer que a Vila não é o palco perfeito no Brasil pra segurar essa onda e dar show pra todo mundo ver no WCT??? Quem???

Então galera, tenho muita história pra contar, mas em breve escreverei mais. Até listei alguns tópicos durante os 6 dias da minha trip e algumas idéias fluíram, pois como estava sem laptop durante a viagem, rolando altas ondas no WCT e nas “horas vagas”, ALTAS no Rosa, não tive tempo de chegar numa lan house. Mas acompanhem os pontos irados dessa trip inesquecível, e alguns até vão virar matéria para publicar aqui no decorrer da semana:

- O encontro com o KS. (Simplesmente perfeito e tive a ajuda da minha excelentíssima namorada para compor este texto que ficou SHOW!!!)
- O surf com o CJ e seu aéreo de 150 metros (rsrsrs) no Rosa norte. (Nesse surf estava um primo meu e um brother de Floripa, mas o que soube foi que a melhor da série foi do meu primo, deixando o CJ de boca aberta, só olhando e cumprimentando depois...)
- A Vila quebrando CLÁSSICA!!! "As melhores ondas da temporada", segundo o campeão mundial Mick Fanning. (Deixando toda a imprensa, atletas, torcedores e todos presentes na areia e na internet de boca aberta, babando pelas ondas mais iradas da temporada)
- O Fanning sendo carregado pelo Parko na saída da água. (Eu ao lado dos melhores fotógrafos do mundo, fazendo uma foto como as deles e ainda conseguindo cumprimentar o campeão mundial de surf)
- Ídolos: As fotos com a brazucada.
- O swell alucinante no Rosa, 6 pés plus com séries maiores.

Por enquanto é isso. Só sei dizer que estou alucinado demais com tudo que passei essa semana e agradeço muito a Deus por ter tido a honra e o prazer de presenciar tais acontecimentos.

Aloha brothers e altas ondas sempre!!!

Obs: Três fotos especiais de momentos perfeitos. Essa Vila não é pra quem quer, mas sim pra quem pode:
1. Vila quebrando de gala, pra gringo nenhum botar defeito e neguinho babar, amarelar, etc!!!
2. Fanning nos braços de uma torcida educada, apaixonada por surf e feliz.
3. E aqui numa bomba a lá Haleiwa. Onde mais se encontra esses ingredientes???

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Especial WCT - O temporal

Galera, como ainda estou no RS, preparando para pegar estrada essa noite rumo a Imbituba, para acompanhar a nona etapa do WCT, estou acompanhando pela imprensa toda movimentação em torno do assunto e hoje pela manhã, a principal notícia me chocou um tanto.

O lance é que ontem à noite, aqui no RS, quase desabou o mundo, numa chuva louca que durou horas, com muitos relâmpagos quase incessantes, trovões muito altos e ventos e pensei que iria subir para SC e sudoeste, mas desviar um pouco para o mar e provocar um ciclone extratropical em alto mar, confirmando assim a entrada do tão esperado swell de sul que vai atingir Imbituba e o litoral brasileiro entre sexta e sábado. Mas não foi bem assim, pois os ventos de 80 km/h atingiram em cheio a praia da Vila (e arredores), destruindo palanques, derrubando árvores e causando danos matérias em carros e na estrutura do evento.

E como as ondas ainda não deram as caras, a organização do evento tirou o dia pra “limpar a bagunça”.

Mas preparem-se, pois o swell há de entrar entre amanhã e sábado e o bicho vai pegar, não adianta colocarem olho gordo na nossa etapa e SIM galera, teremos a decisão de um dos campeonatos mais disputados da história do WCT em águas brasileiras. Acho que essa é a hora de acabar com os bairrismos, as rixas sem fundamento e toda frescura que criaram em torno de uma falta da ASP, colocando SC e RJ em “confronto”. O grande lance é o surf e a grande importância desse campeonato!

E que Imbituba funcione perfeita pra selar de vez!
Aloha e Altas Ondas sempre!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

O WCT Brasil começou

Como vem acontecendo em quase todo o circuito 2007, as ondas não apareceram no primeiro dia da etapa brazuca do maior campeonato de surf do mundo, nona e penúltima etapa do circuito Foster’s ASP World Tour 2007, nas ondas de Imbituba, Santa Catarina, o tão desorganizado e ao mesmo tempo esperado, Hang Loose Santa Catarina Pro WCT.

O que já se comenta nos bastidores é que esta seja a última vez (ao menos por enquanto) que o WCT vai brilhar nas praias Catarinense, sendo que a disputa deste ano pela detenção dos direitos sobre a etapa acabaram em grandes trapalhadas por parte da ASP, bairrismo por parte dos detentores e processo judicial por parte dos lesados com a comum pizzaria brasileira.

Mas dentro da água, os Top 45 não querem nem saber de politicagem, bairrismo, burrice, etc, querem mais é mostrar as quilhas (ou achar um barrelzinho que nem o Slater) pra galera, que com certeza vai lotar as areias da Praia da Vila, ainda mais que o título pode ser decidido ali, na frente deles, pois Mick Fanning, Kelly Slater e Taj Burrow estão disputando onda a onda o título mundial de 2007, um dos mais disputados dos últimos anos.

Aguardem e confiram, pois na próxima semana escrevei direto de lá! Mas por enquanto, acompanhem todos acontecimentos pelo site www.hangloosepro.com.br.

Aloha e altas ondas sempre!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Quanta diferença...

O tênis é um esporte individual, onde o atleta precisa de muita concentração, treino, confiança, etc., para realizar sua “tarefa” com sucesso. E assim como a Fórmula 1 e o Golf, por exemplo, viajam o mundo inteiro disputando prêmios e acumulando pontos para ser campeão da temporada.

Peraí, mas o surf também não é assim???

O Surfista não viaja o mundo inteiro atrás de ondas, disputando baterias e pontos, treinando e preparando equipamentos... É claro que sim! Então por que o Kelly Slater (foto) (34 anos, 8x campeão mundial de surf, com condicionamento e atitudes exemplares, técnica e perícia invejáveis, exemplo de atleta), ganha POR ANO o mesmo que o Tiger Woods ganha em um torneio de Golf? Ou o mesmo que o Michael Schumacher acumula até hoje em publicidade por ano? Ou então, o que o Roger Federer ganha num torneio do Grand Slam?

Alguns diriam que são resquícios do preconceito que o esporte sofreu por anos. Outros que os patrocinadores do Golf, F1 e Tênis são muito mais ricos. E eu lhes digo que ambos estão certos, pois o preconceito e a falta de grandes patrocínios se devem ao fato de os “responsáveis” pelo esporte no mundo (ÓBVIO que no Brasil também) são incompetentes e acomodados! Por isso o surf ainda é um esporte sem “valor comercial”, apesar da maior marca do segmento no mundo, faturar cerca de 2 bilhões de dólares por ano, já representando a metade que a gigante Nike.

News: O Brasil recebe o Hang Loose Santa Catarina Pro WCT, penúltima etapa do circuito mundial 2007, nas ondas de Imbituba/SC, a partir do dia 30. Não perca! Eu estarei lá pessoalmente acompanhando o evento e informando vocês sobre em primeira mão dos acontecimentos mais irados e importantes.

Aloha e altas ondas sempre!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Tropa de elite


Domingo assisti ao filme Tropa de Elite e comparei o preparo que os caras têm pra encarar seu dia-a-dia com a vida de um surfista de elite, um Top 45 da ASP, os caras que estrelam o Dream Tour do surf.

Os surfistas também passam por “provas” em sua profissão, pois a mudança de fuso-horário nas viagens, a saudade de casa (chegam passar 3 meses em algum continente para poupar), a pressão dos patrocinadores por resultados (alguns já correm o tour pagando do próprio bolso, pela falta de patrocínio), etc., são um tanto complicadas. Além é claro de ter que manter uma dieta saudável, treinos específicos e muita água salgada, pois surf se aprende e descendo onda.

Mas essa rotina “complicada” de aeroportos, dietas, fusos, treinos, pressão, etc., é puro trabalho, pois ganham uma boa grana (pouca, se comparar com outros esportes, mas boa) para surfar as melhores ondas do mundo, e ainda prêmios por colocações em campeonatos, aparições na mídia, etc. Enfim, é uma vida boa, mas como qualquer profissão, exige grandes sacrifícios para se chegar a algum lugar.

WCT: Acabou ontem a 8ª etapa do mundial em Mundaka, com vitória do americano Bobby Martinez pelo segundo ano consecutivo. Rodrigo Dornelles e Adriano de Souza são os melhores brasileiros no ranking do WCT, em 23º lugar. E dia 30 começa a penúltima etapa do circuito, nas ondas de Imbituba/SC, podendo decidir a briga entre Kelly Slater, Mick Fanning e Taj Burrow (foto) pelo título 2007.

Super Surf: O título brasileiro de surf ficou com o paranaense Jihad Kohdr, nas ondas da Barra da Tijuca/RJ nesse domingo também. Jihad é bicampeão brasileiro consecutivo, repetindo o feito só antes alcançado por Peterson Rosa e Léo Neves. Parabéns Jihad!!!

Aloha e altas ondas sempre!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

SWELL - Informação e cultura surf...

Como o nome Aloha era provisório, desta edição em diante temos nosso novo e definitivo nome definido. SWELL! Pronuncia-se suéu e vem do inglês, que significa ondulação oceânica. No mundo do surf, o swell indica boas condições para a prática do esporte, ou seja, quando o swell chega à praia, as ondas aumentam de tamanho e força e a galera lota o outside!

E este é o intuito da nossa coluna, recheá-la de boa informação e muita cultura surf, proporcionando uma ótima leitura sobre um esporte que para muitos é um sentimento. Então já sabem, Swell, previsão de cultura e informação SURF chegando até você!

WCT: Até agora, a esquerda de Mundaka não deu as caras e o evento vem sendo realizado nas fracas ondas de Bakio. Devido aos adiamentos por falta de ondas, o evento ainda está na 3ª fase e apenas o carioca Raoni Monteiro não avançou, os outros 6 estão classificados. Acompanhe ao vivo pelo http://www.billabongpro.com/.

Novidade: Em parceria com meu brother David Campbell, agora você pode turbinar seu micro com os Wallpapers Swell. Clique aqui para baixar.

Aloha e altas ondas!

Especial - Wallpapers Swell

Clique na imagem para ampliar.
Então clique com o botão direito do mouse e
então em "Definir como plano de fundo".

Créditos da foto: David Campbell - Salvador / BA
Contato:
davidcampbell2002@hotmail.com

Especial - Wallpapers Swell

Clique na imagem para ampliar.
Então clique com o botão direito do mouse e
então em "Definir como plano de fundo".

Créditos da foto: David Campbell - Salvador / BA
Contato:
davidcampbell2002@hotmail.com

Especial - Wallpapers Swell

Clique na imagem para ampliar.
Então clique com o botão direito do mouse e
então em "Definir como plano de fundo".

Créditos da foto: David Campbell - Salvador / BA
Contato:
davidcampbell2002@hotmail.com

Especial - Wallpapers Swell

Clique na imagem para ampliar.
Então clique com o botão direito do mouse e
então em "Definir como plano de fundo".
Créditos da foto: David Campbell - Salvador / BA

Especial - Wallpapers Swell

Clique na imagem para ampliar.
Então clique com o botão direito do mouse e
então em "Definir como plano de fundo".

Créditos da foto: David Campbell - Salvador / BA
Contato:
davidcampbell2002@hotmail.com

Especial - Wallpapers Swell

Clique na imagem para ampliar.
Então clique com o botão direito do mouse e então em "Definir como plano de fundo".

Créditos da foto: David Campbell - Salvador / BA
Contato:
davidcampbell2002@hotmail.com

Especial - Wallpapers Swell

Clique na imagem para ampliar.
Então clique com o botão direito do mouse e
então em "Definir como plano de fundo".

Créditos da foto: David Campbell - Salvador / BA
Contato:
davidcampbell2002@hotmail.com

Especial - Wallpapers Swell

Clique na imagem para ampliar.
Então clique com o botão direito do mouse e
então em "Definir como plano de fundo".

Créditos da foto: David Campbell - Salvador / BA

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Surf brazuca no Guinness


No início de setembro (dia 2), a galera de Santos/SP viu a olhos nus à quebra de um recorde mundial, do maior número de surfistas na mesma onda, no Earthwave Festival de Surf Ecorodovias, idealizado pelo surfista Rico de Souza, colocando 84 surfistas na mesma onda (número a ser confirmado), desbancando a marca anterior de 73 surfistas, na África do Sul, ano passado.O Earthwave é um evento mundial contra o aquecimento global, idealizado pela Kahuna Surfing Academy, acontecendo simultaneamente em sete países que também tentaram bater o mesmo recorde, sendo que na Cidade do Cabo, na África do Sul, colocou 310 surfistas na tentativa, mas "apenas" 71 conseguiram descer na mesma onda.

Parabéns pelo maior crowd do mundo, hehehe...

Surf News: A 7ª etapa do WCT, na França, foi a melhor do ano pro Brasil. Desta vez Rodrigo “Pedra” Dornelles, Neco Padaratz e Raoni Monteiro, estrelaram 3 das 4 baterias das quartas de final. Infelizmente os três ficaram por aí e o australiano Mick Fanning levou a etapa, disparando na liderança do campeonato. E ontem começou Billabong Pro Mundaka, nas esquerdas geladas e perfeitas da costa Espanhola. Acompanhe o evento ao vivo pelo www.billabongpro.com.

E agora você pode conferir todas nossas colunas em colunaloha.blogspot.com e deixar seu comentário ou entrar em contato. Participem!

Aloha

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

WCT Brasil. Até quando?


Por causa de muita politicagem bizarra e bairrismo sem fundamento, um descaso completo com o surf brazuca, tudo isso aliado a saída da Nova Schin, que patrocinou o WCT Brasil por 3 anos, quase que a etapa brasileira do mais importante campeonato de surf do mundo não sai.

Mas o WCT Brasil 2007 vai sair! Graças ao apoio ao surf do Governo de Santa Catarina e a coragem de Álfio Lagnado (foto), diretor da Hang Loose, que abraçou a bronca faltando menos de um mês para o evento. Podemos esperar um grande evento, pois Álfio é perito no assunto, com campeonatos memoráveis na Joaquina, Maresias, Guarujá, Maracaípe e recentemente na paradisíaca Fernando de Noronha, com o Hang Loose Pro Contest, evento 5 Estrelas Prime do WQS (divisão de acesso ao WCT). Boa Sorte Álfio!

Surf News: Dia 20/09 começou a 7ª etapa do WCT, nas direitas de Hossegor, França. O primeiro round foi bom para os brasileiros Rodrigo Dornelles, Neco Padaratz (que venceu a etapa em 2002, sendo o último título brazuca no Tour) e Leonardo Neves, que passaram direto para a 3ª fase. Já na repescagem, o carioca Victor Ribas também já avançou e os outros ainda tem chances, pois até o fechamento desta edição o evento estava off por falta de ondas. Não deixe de acompanhar ao vivo, pelo site http://www.quiksilverprofrance.com/

Aloha

Artigo publicado no jornal A Semana de 26/09/2007

Pipeline da América do Sul?


Esta semana recebi o DVD Rip Curl Pro Search Arica 2007, muito irado, altas ondas, tubos e mais tubos, água gelada e bancada rasa, show de surf em Arica (Chile) e de quebra, o making of do evento do ano passado, nas direitas perfeitas de La Jolla, no México. Vale dizer que o brasileiro Bruno Santos representou, chegando em 5º lugar.

A Rip Curl realiza um dos eventos mais esperados pelos surfistas do WCT (mundial de surf), que é o Rip Curl Pro Search, onde buscam ondas perfeitas em lugares inusitados. Em 2005 foi nas Ilhas Reunião, uma direita tubular no meio do Índico. Já 2006 aportaram em La Jolla no México, uma série de direitas perfeitas que lembra muito Snapper Rocks, na Austrália. E este ano na pequena cidade de Arica, Chile, na ilhota (agora península) de El Gringo.

E quem levou a 6ª etapa do WCT em Trestles, foi o 8x campeão mundial, Kelly Slater. Os brazucas mais bem colocados foram o gaúcho Rodrigo “Pedra” Dornelles e o catarinense Neco Padaratz, ambos em 9º lugar. Próxima parada: França, de 20 a 30 de setembro.

Aloha.

Artigo publicado no jornal A Semana de 19/09/2007